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Rodovia volta a ser bloqueada para retirada de caminhão

No fim da tarde de ontem, veículo carregado de combustível tombou na ERS-418, no trecho que liga Linha Santa Cruz a Monte Alverne.

O trecho da ERS-418 que liga Linha Santa Cruz ao distrito de Monte Alverne, no interior de Santa Cruz do Sul, ficou com trânsito bloqueado do fim da tarde dessa terça-feira até a madrugada desta quarta. Por volta das 17 horas, 9, um caminhão carregado com 15 mil litros de combustível tombou no local conhecido como descida do Maranata, antes do acesso a Linha Nova. Na manhã de hoje o trânsito foi novamente interditado para a retirada do veículo. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), não há previsão para que a rodovia seja liberada, pois é preciso fazer uma limpeza no local.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve derramamento de uma grande quantidade de combustível no local. O caminhão transportava 7 mil litros de gasolina e 8 mil litros de óleo diesel. Equipes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) estiveram no local para tentar conter o vazamento, que devido à chuva se espalhou rápido.

Durante quase dez horas o trânsito precisou ser bloqueado cerca de 600 metros antes e depois do acidente devido ao risco de explosão. Nas proximidades podia ser sentido um forte cheiro de combustível. Alguns moradores próximos foram orientados a deixar suas residências temporariamente. Como existe um riacho nas proximidades, há risco maior de contaminação.

Segundo o CRBM, por volta das 20 horas dessa terça uma empresa começou a fazer a retirada do combustível de dentro do caminhão acidentado. A gasolina e o diesel foram repassados para outro veículo. O processo demorou cerca de uma hora e meia além do previsto, sendo concluído depois das 2 horas desta quarta.

Ainda conforme o CRBM, o caminhão seguia no sentido Santa Cruz-Monte Alverne quando o motorista perdeu o controle e tombou. O condutor estava sozinho e não se feriu. Policiais rodoviários permaneceram no local orientando o trânsito, que precisou ser desviado por Linha Áustrea.

RISCOS AMBIENTAIS

Conforme o professor Jair Putzke, do Departamento de Biologia da Unisc, os danos ambientais dependem da intensidade do vazamento. No entanto, cada gota de óleo diesel tem capacidade de contaminar 30 mil litros de água. Os que sofrem maior risco são os animais e as plantas aquáticas. “A vida não consegue sobreviver onde a água for contaminada. Os peixes, por exemplo, morrem por asfixia”, explica.

Mas os danos, segundo o biólogo, podem se estender para outros animais que se alimentarem desses já contaminados. “O efeito sobre a cadeia alimentar é muito grande”, afirma Putzke. Na vegetação, o combustível podem causar asfixia das raízes, causando a morte das plantas. O ideal, conforme o professor, é que se tente controlar o vazamento o mais rápido possível. No entanto, até o momento, o vazamento ainda não foi interrompido. Os danos deverão ser avaliados pela Fepam.

 

 

Fonte: GAZ 

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