Trevisan Guinchos e Guindastes participa do projeto Biocicleta
Publicado em 8 de setembro de 2014 por grau
A empresa, apoiadora do projeto, ajudará os alunos na montagem da Biocicleta Trevisan
O projeto Biocicleta, idealizado este ano pela empresa ECOSAR em parceria com o Programa UNISC-Escola, arrecadou em dois meses de atividade (maio e junho), mais de uma tonelada de garrafas PET e embalagens plásticas de produtos de limpeza. Ao todo, 24 escolas das redes públicas e privadas estão participando do projeto. Além do município de Santa Cruz do Sul, participam escolas dos municípios de Candelária, Vale do Sol, Vera Cruz, Venâncio Aires, Rio Pardo e Sinimbu.
O Biocicleta trata-se de um trabalho diferenciado de educação ambiental para as crianças e jovens envolvidos, em que procura-se trabalhar o conceito de sustentabilidade ambiental. Dessa maneira, é possível mostrar aos alunos, de forma prática, que é possível reciclar e transformar o lixo em produtos e bens que poderão ser reutilizados e cuja durabilidade é indeterminada, como no caso da Biocicleta.
O objetivo por trás do projeto é unir a necessidade de destinar corretamente as garrafas PET, constantemente jogadas e vias públicas, com a oportunidade de incentivar o lazer e a prática de exercícios por meio da bicicleta, uma forma de transporte alternativo que vem ganhando cada vez mais adeptos.
Neste projeto piloto, são feitas campanhas de recolhimento de garrafas PET e embalagens de material de limpeza plásticas (cores variadas) e são dadas às escolas orientações e sacos adequados para o armazenamento do material coletado. A partir disso, a escola organiza o recolhimento e a pesagem do material diretamente com a empresa ECOSAR periodicamente, até completar o peso mínimo para receber a sua BIOCICLETA. Exemplo: cada kg de PET corresponde a 20 garrafas de 2 litros.
Cada Biocicleta é patrocinada por uma empresa amiga, uma delas é a Trevisan Guinchos e Guindastes. A partir da coleta, o processo de fabricação dos quadros das biocicletas consiste em recolher os materiais pet (que não precisam ser lavados), e encaminhá-los a uma empresa responsável pela moagem e transformação do pet em resina reciclada que, por sua vez, será utilizada na fabricação dos quadros. Essa transformação do pet é considerada ecologicamente correta, pois não utiliza minérios de ferro e bauxita, diminui o efeito estufa por não emitir CO² e não precisa de pintura (pois a cor é injetada no momento da fabricação).
A Biocicleta é um produto de grande importância, pois dá esperança diante da ameaça do planeta, mostrando que o objeto de material poluidor que é jogado fora e que dura milhares de anos, pode ser recolhido para tornar-se algo durável, útil e sem muita manutenção.
Maiores informações sobre o projeto Biocicleta podem ser obtidas junto ao Programa Unisc-Escola, através do e-mail uniscescola@unisc.br, ou pelo fone (51) 3717-7340.
Economia brasileira encolhe 0,6% no 2º trimestre de 2014, diz IBGE
Publicado em 4 de setembro de 2014 por grau
Dado do 1º tri foi revisado para recuo de 0,2%, configurando recessão técnica. Queda nos investimentos teve forte impacto no resultado.
A economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,27 trilhão.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para pedir a evolução da economia. Ele é calculado tanto pelo lado da produção quanto dos gastos (demanda) – os dois valores devem ser iguais.
Os principais impactos do resultado do PIB entre abril e junho, mês em que começou a Copa no Brasil, vieram do recuo nos investimentos (5,3%) e na indústria (1,5%).
“A principal causa foi a queda dos investimentos. Já tem algum tempo que eles estão caindo, mas a queda foi forte nesse trimestre”, analisa Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
Na comparação com igual período do ano passado, a queda do PIB foi de 0,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no 2º trimestre de 2014, a atividade doméstica ainda registra alta, mas de apenas 1,4%.
‘Recessão técnica’
O dado do primeiro trimestre de 2014 – que, ao ser divulgado, em maio deste ano, indicava expansão de 0,2% – foi revisado para queda de 0,2%.
Com a sequência de dois trimestres seguidos de queda, configura-se um quadro que os economistas chamam de recessão técnica. A última vez que o Brasil registrou uma recessão técnica foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.
Mas o instituto diz considerar que houve estabilidade na economia no primeiro trimestre. “A gente considera queda e crescimento quando o numero é de 0,5 pra cima e queda de -0,5 para baixo”, explica Rebeca.
Menos investimentos
Os investimentos sofreram forte queda de 5,3% em relação ao trimestre anterior (1º trimestre de 2014), puxando o resultado negativo do PIB.
Na comparação com igual período do ano passado a baixa chega a 11,2%.
“O destaque negativo são realmente os investimentos, que já têm quatro trimestres com taxas negativas e a taxa ainda mais negativa nesse trimestre”, afirma Rebeca. “O menor resultado antes desse foi no primeiro trimestre de 2009, quando (os investimentos) caíram 11,8%.”
Segundo a analista, a queda forte é influenciada por outros componentes do investimento, como construção civil e produção de máquinas e equipamentos.
Gastos do governo
Os gastos do governo recuaram 0,7% em relação ao trimestre anterior. “O consumo do governo [nesse trimestre] foi o menor desde o terceiro trimestre de 2012, quando teve queda de 0,8%”, completou Rebeca.
Na comparação com igual período de 2013, houve expansão de 0,9%.
Consumo das famílias
O consumo das famílias cresceu a uma taxa de 0,3%, e, em relação ao 2º trimestre do ano anterior, a expansão foi de 1,2%.
“A gente vê menos (crescimento) do que o que tinha ocorrido no primeiro trimestre, mas continuou crescendo”, avalia a gerente. O IBGE só considerou as quatro regiões que foram divulgadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife), e não considerou Salvador e Porto Alegre na conta.
Exportações
Quanto ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,8%, enquanto as importações apresentaram queda de 2,1%, em relação ao primeiro trimestre de 2014.
Na comparação anual, as vendas para o exterior tiveram alta de 1,9%, enquanto as importações recuaram 2,4%, de acordo com o IBGE.
Indústria
Dos três setores analisados pelo IBGE para o cálculo do PIB, apenas um mostrou variação positiva, o de agropecuária, que teve ligeira alta, de 0,2% no segundo trimestre ante o trimestre anterior.
“A indústria como um todo teve queda de 1,5%, foi a taxa mais baixa desde o segundo [trimestre] de 2012, que também caiu 1,5%”, afirma a gerente de Contas Nacionais.
O IBGE destacou o desempenho ruim da indústria automotiva, que teve férias coletivas no período e baixa exportação. “Argentina e Venezuela estão passando por problemas, e nós exportamos para lá, não está havendo renovação interna da frota (de veículos)”, analisa Rebeca, “E teve aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, no início do ano), que recai sobre vários produtos da indústria automotiva”.
Na contramão, as indústrias de alimentos e bebidas, perfumaria e indústria farmacêutica cresceram no segundo trimestre.
Serviços
O setor de serviços teve queda de 0,5%. “Foi a menor taxa desde o quatro trimestre de 2008, que foi 2,8%”, diz Rebeca. “Serviços de informação continuam sendo um dos setores que mais crescem, mas a parte de energia elétrica, água e esgoto não cresceu tanto.”
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o setor de agropecuária não teve variação; serviços sustentaram alta de 0,2%; e a indústria apresentou queda de 3,4%, na mesma base de comparação.
Previsão para o ano
Para 2014, a previsão de economistas do mercado financeiro é de alta 0,7%, segundo o boletim mais recente divulgado pelo Banco Central. A do governo é um pouco mais otimista: crescimento de 1,8%, segundo a divulgação mais recente, feita em julho. Ela foi revista em relação à expectativa de que a alta neste ano seria semelhante à de 2013, que foi de 2,5%.
Fonte: G1