Construção civil faz avaliação positiva de programa de investimentos do governo

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) avaliou de maneira positiva a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado hoje (9), pelo governo federal.

A entidade destacou a necessidade de detalhamento dos critérios que serão utilizados nas concessões, e que os efeitos do pacote só serão sentidos a partir de 2016.

“Ainda faltam detalhes sobre as garantias exigidas, como serão avaliadas as taxas de risco e os critérios a serem utilizados no julgamento das licitações. “Torcemos para as regras não serem tão restritivas. Mas é certo que qualquer efeito positivo sobre o aumento da atividade e do emprego na construção serão sentidos somente a partir de 2016”, diz a nota divulgada pela entidade.

A nova etapa do Programa de Investimento em Logística prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões em projetos de infraestrutura pela iniciativa privada, como rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

Para as rodovias, serão destinados R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões.

“Em relação às rodovias, o SindusCon-SP entende que a concessão pela menor tarifa é problemática. O ideal seria por outorga – ganha quem oferecer o maior valor por ano de contrato – e tarifa fixa, a exemplo do que ocorreu no estado de São Paulo. Isso proporcionaria mais segurança ao investidor, do que cravar uma tarifa que posteriormente se revelará inexequível”, destaca o texto.

Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) também elogiou o programa apresentado, mas cobrou agilidade na liberação de licenças ambientais e autorizações do governo para execução das obras.

“O programa anunciado hoje é algo a ser comemorado pelo país e é mais uma prova da solidez e eficiência da iniciativa privada para desenvolver, operar, ampliar e modernizar
infraestruturas de transporte”, diz a nota.

“É fundamental a continuidade das iniciativas para se garantir celeridade para a liberação de licenças ambientais e autorizações do governo para a execução das obras”.

A entidade cobrou ainda a qualificação técnica das agências reguladoras, condições adequadas de financiamento e a continuidade da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Considerando que concessões são contratos de longo prazo com grande volume de investimento no início do projeto, e recuperação de longa duração, elas só se viabilizam com condições de financiamento adequadas. Neste ponto, a participação do BNDES continuará a ser fundamental”, destaca o sindicato.

Editor Maria Claudia

Fonte: EBC

RS fica em 4º lugar entre Estados, mostra índice de desenvolvimento

RS ocupa segundo lugar em longevidade e segurança, quinto em padrão de vida e oitavo em educação

Com foco na vida real e formato simplificado, um novo índice de desenvolvimento é lançado como resultado de parceria entre Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense. Chamado de Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS), o indicador mede o desempenho dos Estados em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. O objetivo da iniciativa é contribuir para o debate sobre a situação atual do Estado e as melhores alternativas para avançar.

Acesse os dados da pesquisa em site especial

O resultado geral mostra o Rio Grande do Sul em quarto lugar no Brasil, posição mantida de 2005 a 2012, enquanto outras unidades da federação avançaram. Olhando cada uma das dimensões, o Estado fica em segundo lugar em longevidade e segurança, em quinto em padrão de vida e em oitavo em educação.

Coordenado pelo economista Ely José de Mattos, professor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia (Face-PUCRS), o trabalho começou há cinco meses, tendo como base o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – lançado na década de 1990 como um contraponto a medidores que até então levavam em conta apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

No processo de criação do iRS, partiu-se do princípio de que a nova ferramenta deveria ser transparente, de fácil compreensão e conectada ao dia a dia dos cidadãos, e não focada nas instituições ou no poder público. O resultado é um indicador capaz de traduzir a realidade socioeconômica da população, de forma concreta e sem a necessidade de fórmulas complicadas.

– A maioria dos índices existentes tem dezenas de variáveis. Isso complica o entendimento. É como fazer um suco com 30 frutas e, ao beber, não conseguir discernir o gosto de nenhuma. Partimos da ideia de que é possível explicar os fenômenos de forma simples, sem perder a exatidão. Foi o que fizemos, com critérios claros e dados oficiais de fácil acesso – afirma Mattos.

Cada uma das dimensões do iRS tem, no máximo, três variáveis. A partir delas, é possível obter um panorama geral sobre a situação de cada Estado e, ao mesmo tempo, examinar os desdobramentos por área. A pesquisa será atualizada anualmente.

Fonte: Zero Hora

Setor de material de construção está menos pessimista para junho, aponta Abramat

Os empresários do setor de material de construção estão menos pessimistas com o cenário de junho, frente o mês de maio. Entre os entrevistados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), 19% consideraram bons os resultados de maio, enquanto 39% disseram que o período foi regular e 35% assinalaram o mês como ruim. Outros 6% apontaram o mês como muito ruim.

Para junho, 23% das companhias projetam boas vendas, 58% têm expectativas regulares e outros 16% acreditam em um ambiente ruim. A categoria de muito ruim ficou com 3% dos entrevistados.

A Abramat informou também que, em maio, 42% das indústrias de materiais pretendiam investir nos próximos 12 meses, o que representou uma melhora em relação a abril, quando a intenção relatada era de 41%. Em igual período do ano passado, o indicador estava em 74%.

A sondagem da associação indicou também que, na média, 10% das companhias entrevistadas têm boas expectativas em relação às ações do governo para o setor da construção civil nos próximos 12 meses. O resultado apresentou um crescimento do otimismo, que estava em 6% no mês anterior, embora tenha ficado aquém dos 14% de maio de 2014. Por outro lado, 61% dos entrevistados se disseram pessimistas, frente a 56% em abril e 26% em maio de 2014.

Fonte: DGABC

Calor elevado e escassez de água inspiram cuidados nos canteiros de obras


Diante do extremo calor e da escassez de água vivenciados neste verão no Estado de São Paulo, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção), entidade de responsabilidade social da construção paulista, alerta para os cuidados que precisam ser tomados nos canteiros de obras, com o intuito de preservar a saúde do trabalhador.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que vêm ocorrendo, em média, 25 casos de desidratação por dia na capital paulista. Durante verões muito quentes como o atual, o número de casos aumenta e o problema tende a se agravar. “Sede, olhos fundos, boca seca, redução do suor, dor de cabeça, tontura, fraqueza, aumento da frequência cardíaca são sintomas clássicos. Em estágios mais avançados, podem ocorrer queda da pressão, convulsões e choque, levando até à morte”, explica a gerente médica ocupacional do Seconci-SP, dra. Xiomara Salvetti.

Além da hidratação, há também a preocupação com o coração. Pesquisa feita pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) mostra que quando os termômetros ficam acima dos 24 graus Celsius, os casos de mortes por infarto sobem 11%. A menor taxa registrada foi obtida com o ambiente entre 20 e 21 graus. O suor em excesso promove a concentração de colesterol, a queda da pressão e deixa o sangue mais denso, condições ideais para a ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral.

O calor e a baixa umidade do ar são responsáveis também pelo aumento dos casos de problemas respiratórios. “Quem sofre de rinite, asma e bronquite pode ter o quadro agravado e precisa de um cuidado maior nesse período. Uma medida simples e eficiente é borrifar soro fisiológico nas narinas diversas vezes ao dia”, esclarece a profissional.

Na construção civil, serviços realizados ao ar livre, como execução de lajes e telhados, merecem atenção especial. Quanto maior o esforço ou atividade física, maior será a atividade do metabolismo e, consequentemente, maior a produção de calor no corpo e a necessidade de dissipação para não interferir no equilíbrio térmico corporal. Quando se expõem os operários a estas condições, ocorrem reações fisiológicas para promover a perda de calor, não sendo suficiente a liberação pelo suor. São comuns casos de vermelhidão, queimaduras e câncer de pele, que podem ser evitados com o uso de protetor solar.

Redobrar a atenção com o preparo e a conservação de alimentos como carnes, peixes, frangos, ovos ou frutos do mar também é recomendável. Mantê-los fora da geladeira por muito tempo cria um ambiente propício à proliferação de microrganismos causadores de doenças. As bactérias presentes se multiplicam e o alimento “estraga” mais facilmente. Alguns vírus também encontram facilidade para se disseminar em temperaturas mais elevadas. Resultado: a chance de contaminação é bem maior e a consequência imediata são vômitos e diarreia

Prevenção

Uma lista de medidas preventivas foi elaborada pela dra. Xiomara, a seguir:

–  Usar uniformes de algodão e cores claras, com mangas. Esse tipo de tecido facilita o mecanismo de evaporação, pois absorve rapidamente a água, auxiliando o controle do equilíbrio térmico.

–  Usar capacete com protetor de nuca, não se expor durante o período de descanso, aplicar o protetor solar 30 minutos antes do início da exposição ao sol e reaplicar a cada 2 horas.

–  Beber de 2 a 3 litros de água por dia ajuda a minimizar os impactos das altas temperaturas e a baixa umidade

Crise hídrica
Em meio à crise hídrica instalada em São Paulo, o Seconci-SP tem orientado as empresas associadas quanto à qualidade da água oferecida para consumo humano. Dúvidas frequentes surgem sobre a água de reúso e o aproveitamento das águas da chuva para beber.

A água de reúso é uma água não tratada e, portanto, não potável. Também não se recomenda o aproveitamento da água da chuva para consumo humano. Em cidades grandes, a chuva pode ter vários contaminantes. O “coquetel chuvoso” pode conter partículas sólidas e gases que ficam suspensos – amônio (produzido por processos de decomposição), nitrato (resultante da emissão de óxidos de nitrogênio pelos escapamentos dos carros), sulfatos (do enxofre lançado com a queima de combustíveis), ácidos fórmicos e acéticos (também liberados pelos carros). E quando a chuva cai carrega junto a sujeira: minúsculos grãos de poeiras e de fuligem. Porém, ambas podem ser usadas para outros fins como limpeza das áreas comuns e descargas sanitárias.

Da Redação

Fonte: Obra 24 horas