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Crédito imobiliário cai, mas previsão de alta é mantida para 2014

Volume de empréstimos com recursos da poupança alcançou R$ 112,7 bilhões nos últimos 12 meses

O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis alcançou R$ 53,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, volume 7% maior que o registrado no mesmo período de 2013, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em junho, no entanto, foram desembolsados R$ 9 bilhões em crédito imobiliário, uma queda de 19% na comparação com o mesmo mês de 2013 e recuo de 7% em relação a maio.

O motivo da queda, segundo o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior, foi a diminuição do número de dias de trabalho devido ao carnaval tardio e à Copa do Mundo. “No mês de junho o mercado parou”, disse Lazari, destacando a comparação com o mesmo período do ano passado, em que foi registrado o maior volume mensal dos últimos 20 anos, de R$ 11,2 bilhões.

Em 12 meses até junho deste ano, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis, com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), alcançou R$ 112,7 bilhões, superando em 18% o apurado nos 12 meses precedentes.

Segundo a Abecip, foram financiadas 42,4 mil unidades em junho, recuo de 8% ante maio. No primeiro semestre, foram 256,1 mil imóveis, volume 4,6% superior ao registrado no mesmo período de 2013. A poupança continua com captação líquida positiva em junho, com depósitos superando os saques em R$ 2,54 bilhões.

Lazari afirma que há volume de recursos suficiente para sustentar os financiamentos imobiliários com tranquilidade até o final do ano que vem, com base no desempenho da captação da poupança, cujo saldo está em R$ 490 bilhões. “Dependendo de quanto a poupança crescer, teremos recursos para sustentar ainda todo o primeiro semestre de 2016”, afirma.

Ainda de acordo com o presidente, a projeção de 15% para o crescimento do crédito imobiliário neste ano, alcançando montante de R$ 125,6 bilhões, foi mantida. “Temos bastante crença de que o segundo semestre será melhor. A recuperação deve acontecer já no terceiro trimestre”, acrescenta.

Fonte: Construção Mercado

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