Estamos chegando à 38ª edição da Exposição Internacional de Animais. A Expointer sempre reanima o Rio Grande do Sul e renova as esperanças do Estado, no seu setor mais representativo, que é o da agropecuária. A exposição é uma demonstração do Rio Grande do Sul que sempre deu certo, provando que as dificuldades atuais serão superadas com o esforço conjunto. É um dos mais importantes eventos da tecnologia da agropecuária e da agroindústria da América Latina.
A melhor genética animal na mostra de 160 raças. ?Serão mais de 500 eventos sendo realizados simultaneamente no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, o qual tem programado investimento de R$ 16,2 milhões, por meio de uma Parceria Público-Privada. Será construído um complexo com hotel, centro comercial do agronegócio, centro tecnológico e espaço educacional e área comercial.
Hoje, quando há tantos problemas na economia, com retração em diversos setores produtivos, a agropecuária gaúcha mantém-se forte, como sempre. É irresistível o otimismo que toma conta do pessoal do campo e que se estende até as cidades, principalmente ecoando seus fluídos positivos em Porto Alegre, onde pulsa o coração administrativo-financeiro do Rio Grande do Sul. Há décadas que a economia gaúcha vai bem quando a agricultura e a pecuária vão bem.
Porém, a ainda locomotiva econômica do mundo, os Estados Unidos da América (EUA) estão se recuperando, segundo os números divulgados. Na União Europeia (UE), com lenta retomada, quando há, a crise refletiu-se em nossos campos e a China está refluindo, após uma década de grande expansão econômica. Daí que, com a queda na quantidade – e nos preços, menos US$ 12 bilhões de janeiro a julho de 2015 ? embarcada para o exterior, os produtores gaúchos sentiram.
Felizmente, as commodities agrícolas têm mercado, e a safra de grãos do Brasil terá novo recorde anual. Com as exportações sendo recuperadas e o dólar ficando em torno de R$ 3,40 e R$ 3,50, talvez o Produto Interno Bruto (PIB) não fique tão negativo, como previsto, em 2015, e cresça em torno de 0,5% em 2016. Mas, a balança comercial está, hoje, mesmo positiva, bem abaixo dos valores dos anos passados.
O Rio Grande do Sul se engalana para a grande mostra que é uma tradição mais do que centenária. Primeiro em Porto Alegre, nos Campos da Redenção, local em que hoje é o Parque Farroupilha, a sempre querida Redenção. Depois, por muitos anos, passou pelo Menino Deus, chegando, na década de 1970, em Esteio, na antiga Fazenda Kroeff. A união dos gaúchos, com tenacidade pelo trabalho, buscando reativar uma economia combalida por anos de gastos excessivos e, tudo indica, sem planejamento, nos deixou em uma situação financeira crítica. Entretanto, resta trabalhar, fazer um esforço extraordinário e recuperar as finanças estaduais, através de investimentos, dando condições aos que produzem e, via de consequência, carreiam impostos ao Tesouro do Estado.
Que venha mais uma Expointer. Com ela, o prêmio O Futuro da Terra, promoção do Jornal do Comércio, em sua 19ª edição, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), com patrocínio do Sistema Farsul e Bradesco. Então, em meio ao noticiário negativo, temos algo para comemorar, é a Expointer. O Rio Grande do Sul venceu outras situações críticas e, repetimos, com tirocínio, debates de nível e união também vai superar a crise. A esperança deve ser o apanágio dos gaúchos.
Fonte: Jornal do Comércio