Construção Civil aguarda ajustes para retomada do crescimento
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 por grau
Para sindicato do setor, nova equipe econômica precisa incentivar investimentos. PIB indica retração de 4,2%
Depois de um ano de indicadores negativos, a melhora no desempenho da construção civil em 2015 depende de uma série de ajustes para a retomada do crescimento do setor. O acumulado de janeiro a setembro do PIB setorial indica retração de 4,2%, com expectativa de o ano encerrar com queda próxima de 5%. Segundo representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff precisa transmitir confiança aos empresários para a retomada dos investimentos.
O presidente da entidade, Luiz Fernando Pires, afirma ser necessário pragmatismo nas medidas econômicas da equipe encabeçada pelo ministro Joaquim Levy, diferentemente do vaivém sob o comando de Guido Mantega. “É preciso objetividade na política econômica”, afirma. Mas, pelo menos no primeiro semestre, com perspectiva de novas elevações da taxa de juros e inflação próxima do teto, a tendência é de poucas mudanças sobre o cenário atual.
Apesar das baixas taxas de aumento de vendas neste ano – até outubro, o número de apartamentos negociados em Belo Horizonte cresceu 2,89% –, a falta de confiança do consumidor resulta em demanda reprimida. Prova disso, segundo o Sinduscon-MG, é que a faixa de valores mais afetada com a queda de venda é a de imóveis acima de R$ 500 mil. No comparativo entre janeiro e outubro de 2013 e 2014, as vendas caíram 45,48%.
O vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Lucas Guerra Martins, afirma que essa faixa retrata a busca por um imóvel melhor e maior, com mais quartos e mais bem localizado que o atual. “Com a confiança em baixa, esse público adia a decisão de compra”, diz ele, reforçando que o Brasil, até 2024, tem um déficit de 20 milhões de imóveis. A tendência, segundo ele, é que esse público finalmente defina as compras neste ano a partir das definições do governo. E cobra: “Sem mudança nenhuma, o ano será pior que 2014”
LANÇAMENTOS
As incertezas da política econômica devem resultar em um número menor de lançamentos no próximo ano. Segundo Martins, neste ano, o mercado de Belo Horizonte observou crescimento considerável nos lançamentos ante variação mais tímida das aquisições, o que resultou em crescimento do estoque. Até outubro, os lançamentos somaram 3.062 ante 2.488 no ano passado (variação de 23,07%). Com ritmo menor de novas unidades no ano que vem, a tendência é diminuir o estoque.
A demanda em baixa com a alta da oferta resulta em valorização média dos imóveis abaixo da inflação oficial. Segundo a pesquisa do Ipead-UFMG, o acumulado em 12 meses encerrado em outubro, mostra que os preços dos imóveis na capital mineira tiveram alta de 4,94%, enquanto a inflação do período foi de 6,58%.
Uma das definições econômicas que pode contribuir em parte para a retomada da confiança do setor imobiliário é o anúncio das regras da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. A presidente Dilma deve anunciar ainda em janeiro o formato. As empresas cobram ajuste do valor máximo dos imóveis.
Fonte: EM
Projetos financiados com recursos do FGTS terão de ser sustentáveis
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 por grau
Nova Política Socioambiental do fundo prevê liberação de financiamento apenas a projetos que sigam princípios de sustentabilidade como uso de madeira reflorestada e criação de áreas verdes.
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em atendimento às diretrizes estabelecidas no seu Plano Estratégico para o período de 2012 a 2022, aprovou nesta semana a Política Socioambiental do FGTS, que regulamenta a autorização de financiamentos com recursos do fundo apenas a projetos que sigam os princípios de prevenção e mitigação de impactos ambientais, o uso responsável dos recursos naturais, além da proteção aos direitos dos trabalhadores e direitos humanos e da proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e arqueológico.
A nova Política foi definida pela Resolução nº 761, de 9 de dezembro de 2014, e também prevê a adoção de ações que garantam a utilização de madeira de reflorestamento e a criação de espaços com áreas verdes nos empreendimentos imobiliários financiados pelo fundo. O objetivo da normativa é contribuir para o processo de desenvolvimento da construção sustentável brasileira, além de incentivar ações de uso racional de energia e sistemas de saneamento e infraestrutura nas novas edificações.
O Ministério das Cidades, que gere a aplicação dos recursos do FGTS, e a Caixa Econômica Federal, operadora do fundo, terão seis meses para regulamentar a Política e colocá-la em prática em todas as operações de financiamento realizadas com recursos do FGTS.
Fonte: Construção Mercado
Projeção de inflação sobe para 6,99% e estimativa de crescimento cai
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 por grau
Os investidores e analistas do mercado financeiro continuam vendo a inflação resistente em 2015. Eles elevaram para 6,99% a projeção de fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, a quarta alta consecutiva. O teto da meta da equipe econômica para o IPCA é 6,5%. O mercado também voltou a reduzir a projeção de crescimento da economia em 2015, de 0,38% para 0,13%. Os dados são do boletim Focus, divulgado hoje (26) pelo Banco Central (BC).
O levantamento da última semana também voltou a elevar a estimativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do governo. De 8,2%, a projeção passou a 8,7%. Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão para 2015 permanece em 12,5% ao ano. Em reunião na última quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,5% ao ano.
A projeção de câmbio foi mantida em R$ 2,80. A estimativa da dívida líquida do setor público ficou em 37% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país). A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, seguiu em US$ 78 bilhões.
O saldo projetado para a balança comercial caiu de US$ 5 bilhões para US$ 4,5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados passaram de US$ 58,2 bilhões ao patamar de US$ 60 bilhões das projeções anteriores. A previsão de crescimento da produção industrial caiu de 0,71% para 0,69%.
O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central, e as estimativas divulgadas hoje são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
Fonte: Jornal do Brasil
Materiais de construção sustentáveis
Publicado em 29 de janeiro de 2015 por grau
Hoje, cada vez mais buscamos outros meios para construir com menos materiais e com mais eficiência. Muitas pesquisas são feitas nessas áreas para que possamos ter casas mais sustentáveis.
Mas o que você pode fazer para ter uma casa assim? Pensar nisso desde a concepção do projeto ajuda muito, pois facilitará o uso de materiais alternativos, mais baratos e duráveis.
A construção de 1,7 milhões de casas com estruturas tradicionais de madeira, aço e concreto consome a mesma quantidade de energia que o aquecimento e a refrigeração de 10 milhões de casas por ano, de acordo com a Sociedade de Pesquisa sobre Materiais Industriais Renováveis. Hoje, já é possível encontrar alguns materiais que ajudam a tornar a construção de uma casa bem mais sustentável. O cimento reciclado é um bom exemplo, afinal é um produto que além de ser ecologicamente correto, ajuda a reduzir os custos da obra.
Podem-se utilizar muitos tipos de materiais para produzir um concreto. Sua resistência será proporcional à dureza dos produtos usados. Um exemplo de concreto reciclado é substituir a brita por caco de vidro, bolinhas de cerâmica, pó de pneu ou pó de pedras para fazer o contra-piso. Usando a imaginação, aliada a alguns testes, podemos reutilizar muitas coisas que iriam para o lixo.
A construção sustentável, também chamada de natural, oferece uma maneira de construir uma casa com materiais renováveis, naturais e disponíveis localmente, ao contrário dos produtos industriais ou artificiais. Esses materiais permitem reduzir os custos a médio prazo, e por conseqüência, a poluição é também reduzida.
Na hora de construir, o que mais atrai o consumidor é a facilidade de aplicação, custo e um produto mais ecológico. Além de oferecer economia na conta de luz ou água, conforto e salubridade. Durante a construção, é importante aliar a sustentabilidade ao conforto. Alguns materiais podem tornar o ambiente mais fresco, o que ajuda na economia de energia elétrica, uma vez que você não irá precisar utilizar ventiladores ou ar condicionado.
Um dos casos mais recentes é o uso de embalagens longa vida como matéria-prima para fazer placas e telhas na construção civil. Desenvolvido pela própria Tetra Pak, as pesquisas tiveram como objetivo estimular a reciclagem das embalagens e valorizar a cadeia de reciclagem como forma de gerar emprego e renda.
Com isso, toneladas de material plástico, papel e alumínio deixam de ser jogados em aterros sanitários. Começando pelas cooperativas de catadores, que têm uma fonte de renda, também funcionam como uma forma de diminuir a exclusão social da população, ao mesmo tempo que reduz o impacto ambiental na sociedade.
A embalagem longa vida, composta por papel, plástico e alumínio, é reciclada como um todo. O papel, material predominante em sua composição, é o primeiro componente da embalagem a ser reciclado, transformando-se em papelão. O plástico e o alumínio são prensados e transformados em telhas, que além de ecológicas, têm vantagens sobre as feitas de material comum: são mais baratas, mais leves e permitem melhor conforto térmico aos ambientes.
Claro que a procura por materiais desse tipo vem aumentando nos últimos anos, mas ainda é bem pequena em comparação aos materiais mais comuns da construção civil. Mas são ações como essas que dão um sentido único na busca de um mundo melhor e sem tantos gastos desnecessários.
Fonte: Fórum da Construção