Operação Huno combate mercado clandestino de cigarros em Cerro Grande do Sul

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Estimativa de prejuízo causado à União em tributos não recolhidos supera 2,3 bilhões de reais

A rotina da cidade de Cerro Grande do Sul foi quebrada na manhã desta quarta-feira, 05 de novembro, com a movimentação de agentes de uma Força Tarefa da Polícia Federal, Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional que deflagraram a Operação Huno, de combate ao mercado clandestino de cigarros. Na cidade os policiais cumpriram ações na empresa Savanna Indústria e Comércio de Tabacos, Importacão e Exportacão LTDA e outros imóveis ligados ao empresário Antonio Zeferino Pacheco, sendo apreendidos diversos bens incluindo máquinas que seriam utilizadas na produção de cigarros, na fábrica que o empresário projetava implantar no município.

A ação ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará.  Mais de 200 policiais federais, 90 servidores da Receita Federal e 4 procuradores da Fazenda Nacional cumprem 7 mandados de prisão, 7 de condução coercitiva e 50 de busca, além da determinação judicial do sequestro/arresto de 59 imóveis, 47 veículos e contas bancárias, patrimônio que totaliza aproximadamente 80 milhões de reais.

As investigações, inseridas na *Operação Sentinela, iniciaram em setembro de 2014, tendo o contrabando como foco. No curso dos trabalhos desvendou-se esquema muito maior, responsável pela prática de outras infrações penais e tributárias. Os ilícitos abrangem associação criminal, receptação, falsificação de documentos, sonegação fiscal, exportação irregular de fumo, contrabando de cigarros, adulteração de produtos entregues a consumo e pirataria de marcas registradas. O esforço de cooperação decorreu da necessidade de unir as competências das diversas instituições para fazer frente ao poderio e sofisticação da organização criminal.

Os investigados utilizavam empresas de fachada e laranjas para desviar tabaco da cadeia econômico-tributária. Parte desse fumo era fornecido para fábricas no Paraguai através de exportação irregular e retornava ao Brasil como cigarro industrializado contrabandeado. O restante seguia para fábricas clandestinas de cigarros localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que, ironicamente, falsificavam marcas paraguaias para distribuição no mercado nacional. O pagamento pelo fumo processado era realizado com o produto contrabandeado ou pirateado e em automóveis de luxo, máquinas urbanas (retro-escavadeiras e moto-niveladoras) ou agrícolas (colheitadeiras e tratores). A organização criminal ainda se encarregava de revender os cigarros e os veículos na região ou mesmo fora do estado.

Além de depreciarem a capacidade produtiva da indústria nacional e promoverem concorrência desleal com os empresários que atuam de maneira regular, os criminosos impactaram a economia da região em valores impressionantes. Ao todo, estima-se em R$ 2,1 bilhões o total de dívidas dos investigados com a União, além de uma expectativa de novos lançamentos no valor de R$ 217 milhões em decorrência dos fatos gerados durante a apuração.

Em face das investigações, a PFN ajuizou, perante a 1ª Vara Federal de Santa Cruz do Sul, três Medidas Cautelares Fiscais contra 19 pessoas jurídicas e 17 pessoas físicas. Paralelamente, a PF representou por diversas medidas penais, incluindo prisões e buscas para apreensão de documentos, computadores, fumo desviado, máquinas industriais empregadas na produção clandestina, arrecadação de dinheiro, cheques, ouro e pedras preciosas.

O esforço de trabalho foi batizado de “Huno” como metáfora relacionada com as atividades da organização criminosa – em virtude do registro histórico da confederação eurasiática de nômades hunos, que ocuparam ampla vastidão territorial através de alianças e assolaram o Império Romano com saques e pilhagens. De outro lado, o nome da operação tem a mesma fonética de “Uno”, em alusão à integração dos servidores de três diferentes instituições em um objetivo persecutório único: desarticular o esquema criminal, lançando tributos e garantindo a execução fiscal.

*A Operação Sentinela é uma intensificação do controle, fiscalização e inteligência policial na faixa de fronteira do Brasil com países vizinhos e tem por objetivo a prevenção e repressão de crimes transnacionais, como contrabando, descaminho, tráfico internacional de drogas, armas e munições.

Fonte: Comunicação Social Polícia Federal em Santa Cruz do Sul

 

PL prevê o uso de resíduos recicláveis da construção civil em novas obras

Evitar que os restos da construção civil sejam jogados nas margens dos rios também é outro objetivo

Com o objetivo de estimular e implantar a política de reciclagem de entulhos na construção civil no Piauí, o deputado Rubem Martim (PSB) apresentou o Projeto de Lei nº 107, de 24 de setembro. Com o projeto o deputado defende que os resíduos recicláveis da construção civil sejam usados para novas construções através de ações como a criação de uma central de recebimento dos resíduos e de incentivos para as empresas que o fizerem. Evitar que os restos da construção civil sejam jogados nas margens dos rios também é outro objetivo do projeto de lei.

No Brasil o reaproveitamento do entulho fica restrito a utilização do material para aterro, mas em estados como o Paraná uma política parecida quando foi implantada a central de moagem de resíduos em 1994. Se aprovada, a Lei visa incentivar o desenvolvimento de projetos na área de reciclagem do material da construção civil, inclusive com a criação de cooperativas populares e indústrias que possam processar os entulhos da construção civil a serem reutilizados também é um dos incentivos do projeto.

Hoje, segundo o parlamentar, “a quantidade de entulho da construção civil demonstra um desperdício irracional de material”. Rubem Martins defende que o Estado concedabenefícios de isenção, a título de incentivo fiscal, na forma de desoneração, através da celebração de convênios com órgãos e entidades das administrações federal, estadual e municipal na área de reciclagem sustentável, além de subsídios.

Atualmente o custo social é muito grande, segundo o parlamentar, e as consequências são desagradáveis na qualidade de vida em razão da falta de políticas públicas de reciclagem do lixo da construção civil. Isso contribui para as enchentes e o fluxo normal das águas dos rios. A política estadual de reciclagem de entulho “é de grande importância no Piauí porque permitirá o maior controle dos problemas ambientais causados pela geração de resíduos no setor da construção civil”, afirma o deputado.

Fonte: 180graus

25 de outubro, Dia da Construção Civil

Comissão do Senado aprova projeto de lei que responsabiliza engenheiros e arquitetos por falhas em obras públicas

Texto que segue para análise de outra comissão também estabelece regras para empresas contratadas e agentes da administração pública

Divulgação: Governo do Mato Grosso

O PLS também determina que os responsáveis pelos projetos técnicos de engenharia e arquitetura possam ser proibidos de prestar serviços, direta ou indiretamente, à Administração Pública por até dois anos em caso de erros e omissões.A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (26) o Projeto de Lei (PLS) 56/2012, que estabelece novas normas relacionadas à responsabilização de profissionais na contratação de obras públicas. De acordo com o texto aprovado, que agora será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), engenheiros e arquitetos devem ser responsabilizados por problemas em obras licitadas pelo poder público.

A proposta sujeita à mesma sanção os executores e fiscais das obras no caso de descumprimento das especificações estabelecidas, inclusive nos casos de equívoco de dimensão ou de padrão de qualidade para materiais e serviços e medições que excedam o que foi executado.

O dever de revisar os projetos licitados é atribuído pelo PLS à empresa contratada para a execução das obras, sob pena de responder solidariamente pelos danos advindos de falhas cometidas por projetistas. O texto não afasta, no entanto, a responsabilidade solidária dos agentes públicos por vícios e defeitos que poderiam ter sido evitados no exercício de suas atribuições legais.

A empresa contratada pela Administração Pública será obrigada a corrigir ou reconstruir, com seus próprios recursos, a obra ou serviço que sofrerem vícios e problemas resultantes de erros de execução ou de materiais empregados.

Clique aqui e acesse o PLS 56/2012

Fonte: Pini