O nível de emprego na construção civil brasileira registrou queda de 0,68% em março, na comparação com o mês anterior, informa pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No final de março, o número de trabalhadores do setor superava 3,2 milhões.
O saldo entre demissões e contratações representou déficit de 22,3 mil postos de trabalho com carteira assinada. Em relação a março de 2014, foram fechadas 296,9 mil vagas, o que representa redução de 8,36%. No primeiro trimestre do ano, o indicador acumula 64,2 mil vagas a menos no setor. Na comparação com o acumulado nos três primeiros meses do ano anterior, a queda foi 7,45%.
Na análise por região, o indicador revela que o Nordeste teve a maior redução dos postos de trabalho, com queda de 1,19%, que corresponde ao fechamento de 8.359 vagas. Em seguida, está o Centro-Oeste, com recuo de 1,08%, um saldo negativo de 2.664 postos. E a região Norte, com queda de 1,04%, menos 2.105 vagas.
Em números absolutos, o Sudeste (-0,52%) foi o que teve mais postos de trabalho fechados: redução de 8.603 vagas. A Região Sul registrou a menor retração, tanto em termos percentuais (-0,14%), quanto em números absolutos, com 661 vagas a menos.
Na avaliação do presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a rápida deterioração do nível de emprego sugere que chegou o momento de o governo federal tomar medidas visando a abertura de novas concessões na área de infraestrutura. Citou, como exemplo, a necessidade de o governo lançar a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Ele disse, por meio de nota, que, diante do esgotamento dos financiamentos do setor imobiliário com recursos da poupança, será preciso reforçar a concessão de crédito por meio de novos instrumentos financeiros.
Fonte: EBC